Nomes comuns Indian frankincense (EN), d’arbre à encens (FR), Incenso indiano (PT), Salai guggul (Hindi)
Sânscrito Shallaki
Nome botânico Boswellia serrata Roxb. ex Colebr. (Burseraceae)
Parte utilizada Resina
Distribuição geográfica e habitat – A Boswellia serrata é uma árvore nativa de uma área entre a Índia, África e Arábia. Na Índia está amplamente distribuído por todo o território, concentrando-se principalmente nos estados de Madhya Pradesh e Rajastão, onde forma faixas de floresta quase pura.
O seu habitat é o de florestas tropicais secas caducifólias, florestas de teca muito secas ou florestas caducifólias secas mistas, em altitudes de até 1.150 metros onde é frequentemente encontrada em encostas e cumes, bem como em terrenos planos, atingindo tamanhos maiores em solos férteis. É uma planta de crescimento lento que vive espontaneamente, mas pode ser cultivada em condições específicas para fins industriais e ornamentais.
A resina obtida é a parte com maior valor medicinal e é onde se concentram as propriedades terapêuticas.
O nome botânico ‘Boswellia’ é dedicado ao biólogo escocês John Boswell (1710-1780), membro do Royal College of Physicians, de Edimburgo. O epíteto específico ‘serrata’ significa serrilhada, de serra, referindo-se à margem das folhas.
A goma-resina desta árvore é também conhecida como ‘sallaiguggal’ ou ‘olibanum’. A palavra inglesa ‘Olibanum’ tem origem na palavra árabe usada para leite, ou seja, ‘alluban’. Acredita-se também que a palavra ‘Olibanum’ deriva de ‘Líbano’, um lugar onde a resina era vendida e comercializada com os europeus. Uma das suas designações, Frankincense, poderá ter origem na antiga palavra francesa “francencens” que significa incenso de alta qualidade.
Utilização – A planta tem um longo historial de uso medicinal na Índia, especialmente no Ayurveda, como testam os documentos que datam de há mais de 2.000 anos: os tratados ayurvédicos como Sushruta Samhita e Charaksamhita já faziam referência à ação benéfica da Boswellia serrata nas articulações. No sistema tradicional de medicina Persa, a resina desta árvore é utilizada para vários fins terapêuticos, como melhorar a função da memória, úlceras pépticas, doença inflamatória intestinal e diabetes; também é usada como tónico gástrico.
Os princípios ativos da Boswellia serrata com atividade farmacológica mais relevante são os ácidos boswélicos, que terão ação anti-inflamatória, antiaterosclerótica, antifibrótica, antimicrobiana, antitumorais e também antiulcerativa (SHARMA et al., 1988).
Utilização tradicional em Ayurveda– A resina desta árvore tem uma longa história de uso em cerimónias religiosas. Como erva medicinal, a goma-resina é utilizada para desintoxicar o tecido articular e proporcionar conforto nos movimentos. Diz-se que aquece devido ao seu apoio à circulação saudável e arrefece devido à sua ação calmante sobre os tecidos. A Boswellia também é tradicionalmente utilizada para abrir a mente e limpar os canais subtis do corpo.
Rasa (sabor): amargo, adstringente e doce Virya (energia): quente
Vipaka (efeito pós-digestivo): picante
Doshas: equilibra todos os doshas, pode exacerbar Pitta e Vata se utilizada em excesso
Nota importante: A informação que levamos até si é elaborada com o maior cuidado e rigor, No entanto, com a mesma não se pretende diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença e não substitui a avaliação e diagnóstico efetuados por um Profissional de Saúde.