Em Portugal estima-se que 20 mil pessoas sofram de Parkinson, sendo que todos os anos são identificados mais dois mil casos desta doença. Segundo a Associação Portuguesa de Neurologia esta é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente na população mundial, logo a seguir à doença de Alzheimer. Afeta milhões de pessoas e, em Portugal, estima-se uma prevalência de pelo menos 180 casos por cada 100 mil habitantes.
No que respeita à Doença de Alzheimer estima-se que, em Portugal, existam entre 67 e 90 mil pessoas com esta doença, num universo total de 5% da população portuguesa que sofre de demência.
Estas formas de demência são as mais comuns, representando cerca de 50% a 70% dos casos de demência registados. Estas doenças neurodegenerativas, caracterizam-se por uma redução de ou morte de células cerebrais, o que deterioram de forma irreversível as funções cognitivas dos doentes.
Apesar das suas características serem diferentes, existem sintomas semelhantes como alteração da memória, perturbações na linguagem, alterações neuropsiquiátricas ou perturbações do sono.
Nos últimos anos são muitos os estudos nacionais e internacionais que associam os benefícios da fitoterapia em doentes com Alzheimer e Parkinson. A identificação de metabolitos secundários e o seu papel no tratamento de doenças tem vindo a reforçar o interesse em substâncias naturais, devido à eficácia e aos efeitos secundários reduzidos ou inexistentes.
A Bacopa monnieri é uma das plantas que tem vindo a suscitar um interesse crescente devido ao historial de uso tradicional na Medicina Ayurvédica.
Segundo um estudo da UALG que referencia Essa, M. M. et al. [Neuroprotective effect of natural products against Alzheimer’s disease. Neurochem. Res. 37, 1829–1842 (2012)] e o NIH [National Institutes of Medicine, RockevillePike] a administração oral desta planta a doentes com estas patologias neurodegenerativas, durante 6 meses, conduziu a melhorias cognitivas e da função da memória, tendo sido também reportada atividade inibitória da AChE por parte desta planta. Os resultados promissores da investigação clínica mais recente incentivam a continuação da pesquisa de forma a compreender totalmente o mecanismo de ação desta planta.
Já na Medicina Ayurvédica, é um medhya Rasayana utilizado há muito, uma vez que:
- Ajuda a manter uma boa função cognitiva.
- Ajuda a melhorar a memória e a concentração.
- Ajuda a manter a memória e a preservar a função cognitiva em caso de declínio associado à idade.