Portes gratuitos para encomendas a partir de 50€ (Clientes finais Portugal).

Entregas em 48-72 horas (dias úteis)

Valeriana (Valeriana officinalis L.)

Jun 14, 2023

Valeriana-officinalis-jardim-Botanico-UTAD

Nomes comuns Valerian (EN), Herbe aux chats (FR), Valeriana (PT), Sugandhbala (Hindi)
Sânscrito Tagara
Nome botânico Valeriana officinalis L. (Valerianaceae)
Parte utilizada: Raiz

Distribuição Geográfica e habitat – A Valeriana prefere ambientes especialmente frescos e húmidos (mesófitos) e cresce na orla de matas e prados sombreados até uma altitude de 1.400 metros. Esta espécie é mais comum nas áreas florestais europeias e, em menor escala, nas regiões tropicais da América do Norte e da América do Sul. É uma planta herbácea e perene, de rizoma estolonífero curto, caule ereto e sulcado na superfície por sulcos, raízes fibrosas que exalam um cheiro desagradável e penetrante; esta espécie, em condições ótimas, pode atingir alturas de cerca de 150 cm. As flores são ligeiramente perfumadas – como curiosidade, um dos seus nomes em inglês (Catfish) remete para a atração que aquele perfume exerce sobre os gatos dado que tem um efeito curiosamente inebriante sobre eles.
As raízes são a parte mais vital da planta e onde se concentram as propriedades terapêuticas.
O nome da espécie virá do latino medieval, talvez derivado da palavra latina valere que pode ser traduzida como saudável, em referência aos usos medicinais da planta e officinalis significa medicinal, remetendo para os usos fitoterápicos.

Utilização – O uso da valeriana como hipnótico é antigo e era já descrito no século IV aC, por Hipócrates, pai da medicina moderna. A valeriana, cujas raízes têm um cheiro desagradável, era antigamente chamada de fu, o termo Valeriana apareceu pela primeira vez por volta do século X. Dioscórides recomendava-a como diurético e antídoto anti- venenos, Plínio considerava-a um analgésico, enquanto Galeno a receitava como descongestionante. Sendo conhecida desde os tempos de Dioscórides, Hipócrates, Galeno e Plínio o Velho, pelos seus efeitos calmantes, alcançou maior popularidade no século X; no entanto, foram os médicos italianos, especialmente o naturalista e botânico Fabio Colonna (1567–1640) que descobriram, no século XVII, os seus atributos terapêuticos para o tratamento das convulsões epilépticas, usando as raízes em chás – o que poderá estar na origem da sua utilização posterior como antiespasmódico.
A Valeriana entrou na Farmacopeia dos Estados Unidos como um tranquilizante em 1820 e lá permaneceu até 1942, altura em que foram disponibilizados no mercado fármacos para esta finalidade. Durante a Primeira Guerra Mundial tornou-se um remédio comum na Europa para combater o stress causado pelos constantes bombardeamentos de artilharia; durante a Segunda Guerra Mundial, foi utilizada em Inglaterra para aliviar o stress causado pelos ataques aéreos.
O princípio ativo responsável pela ação medicinal desta planta é o ácido valerénico. Os efeitos sedativos da raiz de Valeriana estão bem documentados, existindo diversos estudos realizados in vivo (em modelos animais) que demonstraram o efeito calmante do ácido valerénico sobre o Sistema Nervoso Central.


Utilização tradicional em Ayurveda– Em Ayurveda é um dos fitoterápicos mais úteis em caso de neurose e é poderoso para pacificar a dor corporal (Vedanasathpana), calafrios (Sheetprashmana) e dores de cabeça (Shirah Shoolprashmana). O rizoma é  tradicionalmente utilizado para tratar insónia, epilepsia, hipertensão e distúrbios psicossomáticos..

Rasa (sabor): amargo, picante e adstringente
Virya (energia): quente
Vipaka (efeito pós-digestivo): picante
Doshas: equilibra todos os doshas


Nota importante: A informação que levamos até si é elaborada com o maior cuidado e rigor. No entanto, com a presente informação não se pretende diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença e a mesma não substitui a avaliação efetuada por um Profissional de Saúde.

Artigos Relacionados

0
    Carrinho
    Carrinho vazioVoltar à loja