Nomes comuns Saw palmetto, American dwarf palm tree (ENG), Palmeira-anã (PT), Krakach Tal (Hindi)
Sânscrito —
Nome botânico Serenoa repens (Batram) Small. (Arecaceae) sinónimo botânico de Sabal serrulata (Michx.) Nutt. ex Schult. & Schult. f., 1830, de Brahea serrulata (Michaux) H. Wendland, in Kerchove, 1878 e Chamaerops serrulata Michx.1833
Parte utilizada Fruto
Etimologia O termo Serenoa (género) foi dado em homenagem a Sereno Watson (1826-1892), um botânico americano da Universidade de Harvard que explorou as regiões oeste e central da América do Norte. O epíteto específico ‘repens’ está associado à sua altura (rastejante).
Distribuição geográfica e habitat – É uma planta endémica do sudeste dos Estados Unidos, presente no Alabama, Flórida, Geórgia, Louisiana, Mississippi e Carolina do Sul. O seu habitat são as densas florestas adjacentes ao litoral ou o sub-bosque de pinheiros e árvores de folhas largas, onde frequentemente forma agrupamentos consistentes; também pode ser encontrada em dunas costeiras.
A Serenoa repens é uma palmeira que pode atingir uma altura entre os 2 e os 4 metros e que cresce em forma de leque. As folhas têm entre um e dois metros de comprimento, enquanto os folíolos, cerca de 20 em número, variam entre 50 e 100 cm de comprimento; o pecíolo possui espinhos delicados. As flores são de cor amarelada a branca, com 5 mm de largura e produzem uma inflorescência densa de até 60 cm de comprimento. O fruto é uma drupa vermelho-escura.
Curiosidade: é uma planta adaptada ao fogo – embora as suas folhas sejam inflamáveis e queimem facilmente, surgem novos rebentos da base em até uma semana após o incêndio. Essa adaptação, aliada à sua percepção histórica como praga pelos colonizadores europeus, contrasta de forma interessante com o seu reconhecimento atual, não só como planta medicinal, mas também como uma planta ecologicamente importante, que fornece alimento e abrigo vitais para muitos animais.
Utilização – A Serenoa repens também é conhecida como Sabal serrulata, sendo este o nome com o qual aparece frequentemente em textos de medicina tradicional, ou como palmeira-anã americana ou Saw palmetto, nome pelo qual é comumente chamada nos Estados Unidos. A planta tem um longo historial de uso tradicional, tanto para fins medicinais quanto alimentares. Os nativos americanos usavam o fruto como alimento e como tratamento para uma ampla variedade de problemas relacionados com o sistema urinário e reprodutivo. Os colonizadores europeus incorporaram-no muito rapidamente nos seus hábitos: durante, pelo menos 200 anos, o extrato seco foi usado para várias patologias- fadiga, fraqueza e problemas urogenitais.
Atualmente, o extrato lipofílico dos frutos de Serenoa repens é um dos suplementos naturais mais populares para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB) associada a sintomas do trato urinário inferior (STUI). Várias agências reguladoras aprovaram o uso do extrato de hexano dos frutos de Serenoa repens: foi aprovado pela Comissão E Alemã para o tratamento da HPB nos estágios I e II e incluído no relatório da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) como um medicamento fitoterápico oficial para o tratamento da HPB associada a STUI. Em 2021, uma recomendação para o uso do extrato de hexano dos frutos de Serenoa repens para o tratamento de STUI masculinos não neurogénicos foi adicionada às diretrizes da Associação Europeia de Urologia (EAU), sendo o primeiro fitoterápico recomendado pelas diretrizes da EAU. O extrato de hexano dos frutos de Serenoa repens contém principalmente ácidos gordos e fitosteróis, que apresentam diversas atividades farmacológicas in vitro e in vivo.
Um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, publicado no Journal of the American Medical Association demonstrou eficácia no tratamento dos sintomas da hiperplasia prostática benigna, em comparação com dois dos medicamentos mais comuns no mercado. Há também ensaios clínicos que sustentam a eficácia da Serenoa repens no tratamento da calvície de padrão masculino.
Utilização tradicional em Ayurveda– Serenoa repens é uma planta do “Novo Mundo” e não nativa da Índia. No entanto, embora não pertença à tradição clássica ayurvédica, é hoje frequentemente integrada em fitoterapia ayurvédica contemporânea, sobretudo em fórmulas relacionadas com saúde prostática e equilíbrio hormonal masculino.
Rasa (sabor): doce, amargo
Virya (energia): refrescante
Vipaka (efeito pós-digestivo): doce
Doshas: Reduz Pitta e Vata; pode agravar Kapha
Nota importante: A informação que levamos até si é elaborada com o maior cuidado e rigor. No entanto, com a mesma não se pretende diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença e não substitui a avaliação e diagnóstico efetuados por um Profissional de Saúde.




