Nomes comuns Common Mallow (EN), Malva (PT), Gurchanti (Hindi), Gulkhair (Sânscrito)
Nome botânico Malva sylvestris (Sinónimos botânicos: Althaea mauritiana Alef, Malva ambigua Guss)
Partes utilizadas: Flores, Folhas (Tulsi xarope)
Etimologia O nome do género está em consonância com o grego “malátto” [amoleço] e com “malákhe” [emoliente, benevolente], com referência às propriedades emolientes(a) desta planta. Cresce perto de vedações, ao longo de caminhos e muros antigos, nas proximidades de campos cultivados.
(a) Emoliente, nome masculino; em MEDICINA refere-se a substância, aplicada externa
ou internamente, que produz a tonicidade e a sensibilidade dos tecidos, e diminui
a dor e a inflamação.
Distribuição geográfica e Habitat É uma planta nativa da Europa e que se encontra também distribuída na Ásia Ocidental, América do Norte, zonas temperadas dos Himalaias entre os 700 e os 2700 metros de altitude, sul da Índia, Sibéria, Austrália e China. Na Península Ibérica é muito abundante e pode encontrar-se nos caminhos, nas zonas baldias e em terrenos secos. É uma planta herbácea anual, bienal ou perene, de 20 a 80 cm, erecta ou prostrado-erecta; flores com pétalas grandes, três vezes maiores que o cálice, violáceas ou violáceo-purpúreas dispostas 2 a 7 em cada axila; possui epicálice (invólucro externo do cálice) com bractéolas ovadas ou lanceoladas; folhas com 5 a 7 lóbulos crenados1. Floresce no verão.
Utilização Já na antiguidade esta planta era muito utilizada para tratar problemas do foro digestivo, sendo sobretudo usada para combater casos de inflamação e de irritação e até tosse. São-lhe atribuídas propriedades anti-inflamatórias, emolientes, laxantes e mucolíticas1. Usada tanto na obstipação como na diarreia, gastrites, úlcera péptica, inflamações orofaríngeas; asma, bronquite, gripe e resfriados. Externamente, em infeções cutâneas da cavidade bucal e de outras mucosas1.
Todas as partes da planta têm propriedades terapêuticas, mas, em geral, os efeitos farmacológicos da malva são atribuídos às folhas e flores, principalmente devido à presença de alguns flavonoides e mucilagens nestas partes. As mucilagens são um dos principais componentes responsáveis pelos efeitos terapêuticos da malva, essencialmente devido à sua atividade de supressão da tosse. O conteúdo pode variar de acordo com a parte da planta, mas, em geral, podem ser encontradas elevadas percentagens de mucilagens nas folhas (6,0-7,2%), flores (3,8-7,3%) e raízes (7,5%)2.
1 A. Proença da Cunha et al, 2002, PLANTAS e PRODUTOS VEGETAIS
em FITOTERAPIA,Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
2 MONOGRAFIA DA ESPÉCIE Malva sylvestris L. (malva),
Ministério da Saúde e Anvisa, 2013, Brasília
A malva apresenta os rasas doce e adstringente, o virya frio e o vipaka doce. Tem uma enorme capacidade de equilibrar o dosha Pitta, uma vez que todos os atributos da malva agem positivamente sobre este dosha. O dosha Vata também é levemente equilibrado pelo efeito dos rasa e vipaka doces. Desequilibra o dosha Kapha.
Rasa(s): doce e adstringente.
Virya: frio.
Vipaka: doce.
Ação terapêutica: pacifica Pitta e Vata; agrava Kapha.
Nota importante: A informação que levamos até si é elaborada com o maior rigor e cuidado. No entanto, com a mesma não se pretende diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença e a mesma não substitui a avaliação efetuada por um Profissional de Saúde.