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Erva-cidreira (Melissa officinalis L.)

Jun 14, 2023

Melissa officinalis-erva cidreira-stress-insonia-depressao-dor

Nomes comuns Lemon balm (EN), Mélisse citronnelle (FR), Coroa-de-rei, Capim-cheiroso, Capim-cidreira, Erva-luísa (PT), Bililotan (Hindi)
Sânscrito
Nome botânico Melissa officinalis L. (Lamiaceae)
Parte utilizada Folhas

Distribuição geográfica e habitat – A erva-cidreira cresce espontaneamente em locais com sombra por todo o sul da Europa e adora um solo fresco e húmido, sendo uma planta herbácea e perene, de reconhecido valor como aromática e medicinal. As suas folhas são opostas, ovadas a rombóides, de margens crenadas e de cor verde clara. Os ramos são quadrangulares, ramificados e podem ser verdes ou avermelhados, mais eretos ou mais prostrados, de acordo com a cultivar. Floresce na primavera e verão, despontando flores pequenas, delicadas, de cor amarelo clara a lilás. A floração da erva-cidreira é muito atrativa para abelhas e borboletas.

Pertence à mesma família da hortelã e do manjericão e apresenta um perfume característico de limão nas folhas. Este seu sabor e aroma característicos, presentes principalmente nas folhas, deriva do seu óleo essencial do grupo dos terpenos (principalmente monoterpenos: carvacrol, p-cimeno, citral — geraniol e nerol — cânfora).

O nome do género vem do grego “mèlitta” (abelha): é uma das plantas melíferas por excelência. Já o nome específico vem de laboratório, “offícina”, devido à sua versatilidade e utilidade no campo farmacêutico, fitoterápico, licoroso, de perfumaria e afins.

Utilização – A Melissa é cultivada há mais de 2000 anos como uma planta melífera – na verdade o nome do género deriva do termo grego que designa a abelha, datando o seu uso com finalidade medicinal desde essa altura.  Na Medicina Tradicional Europeia, era conhecida como melissophyllon, baulme, melissa e bálsamo. Dioscórides (40–90 EC), o pai da farmacologia, abordou a planta no seu tratado De Materia Medica nos seguintes termos: ‘Uma decocção das folhas é boa para aqueles tocados por escorpiões ou mordidos por aranhas venenosas ou cães.” Ele também recomendou a planta para o tratamento de amenorreia, disenteria, asfixia causada por toxicidade de cogumelos, úlceras, queixas, dificuldades respiratórias, tumores escrofulosos e outros inchaços, artralgia e dor de dentes. O naturalista romano Plínio, o Velho, recomendou-o para estancar hemorragias. No século 10, os médicos árabes recomendavam-na para síndromes nervosas e ansiosas. No século XI, o médico árabe Avicena escreveu: “a erva-cidreira dispõe a mente e o coração para a felicidade”. Paracelsus (1493–1541) chamou-lhe “o elixir da vida”. Na Europa medieval, o uso árabe da erva-cidreira foi adotado como remédio para a ansiedade; “l’Eau de Melisse” tornou-se tão popular como tranquilizante e sedativo, que Carlos Magno ordenou que a planta fosse cultivada em todos os jardins medicinais de seu reino, para garantir uma produção adequada.

Atualmente, a Erva-cidreira é utilizada como sedativo em estados de ansiedade com somatização visceral e inquietação e também em patologias dispépticas gastrointestinais graças à sua ação espasmolítica e no tratamento da enxaqueca.

Utilização tradicional em Ayurveda– No âmbito da Medicina Ayurvédica, esta planta é utilizada para melhorar a memória, exercendo uma ação nootrópica (Soodi, et al; 2014). É um maravilhoso remédio refrescante para o excesso de Pitta. Ótima planta medhya, melhora a memória e a circulação, excelente para perturbações de Sadhaka Pitta que provocam ansiedade, medo do fracasso, baixa autoestima, insónia. Elimina o excesso de Pitta de rasa e rakta dhatus, acalma o coração e esfria o calor nos olhos e mutravahasrotas. Bom fitoterápico para problemas digestivos relacionados com o stress.

Curiosamente, há semelhanças na utilização tradicional desta planta em várias culturas, nomeadamente no que respeita a problemas do sistema nervoso – ansiedade, depressão e e também recuperação de doenças cardíacas. Por norma, tem sido utilizada como ingrediente de fórmulas complexas para aumentar a sua eficácia.

Rasa (sabor): picante, doce, ácido e adstringente                                                                                      Virya (energia): arrefece
Vipaka (efeito pós-digestivo): picante
Doshas: estabiliza Vata e reduz Pitta e Kapha em excesso


Nota importante: A informação que levamos até si é elaborada com o maior cuidado e rigor. No entanto, com a presente informação não se pretende diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença e a mesma não substitui a avaliação efetuada por um Profissional de Saúde.

 

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