Nomes comuns Asiatic pennywort (English), Brahma Manduki, Brahmi (Hindi), Ondelaga, Brahmi soppu (Kannada), Centelha asiática (PT)
Sânscrito Manduki, Mandukaparni
Nome botânico Centella asiatica (Linn.) Urban = Hydrocotyle asiatica Linn
Parte utilizada: Folhas
Distribuição Geográfica e Habitat – Planta nativa do subcontinente indiano, sudeste da Ásia e pântanos do sudeste dos Estados Unidos, tendo o seu habitat em áreas temperadas e tropicais pantanosas.
Centella asiatica ou tigre do prado (Centella asiatica L., 1879) é uma espécie herbácea pertencente à família Apiaceae. O termo Centella vem do catalão centella, por sua vez da centelha latina; o epíteto específico da Ásia (asiatica) referir-se-á ao local de origem.
Utilização – As folhas são a parte utilizada com fins terapêuticos. Entre os seus constituintes encontramos saponósidos triterpénicos, nomeadamente o asiaticósido e o madecassósido, saponinas triterpénicas, destacando-se o ácido asiático e o ácido madecássico, flavonóides e fitoesteróis, aos quais se deve a ação desta planta, quer isoladamente, quer em conjunto. A indicação, “adjuvante para o tratamento de feridas” é fundamentada em evidências de estudos pré-clinícos in-vivo, provando que os constituintes triterpénicos, levam a um aumento dos níveis de ADN, proteínas e colagénio total, permitindo, assim, aumentar a proliferação celular e a colagénese no local da ferida. Promovem ainda a angiogénese, possuem propriedades anti-inflamatórias e, mostram-se dotadas de atividade antioxidante, de uma forma diretamente dependente da concentração(1). Podem ser consumidas como alimento, em chás e são amplamente utilizadas pela indústria farmacêutica e cosmética.
(1) Produtos de Origem Natural com Efeitos Protetores ou Ativadores de Mecanismos de Reparação Cutânea – Perspetivas de Aplicação na Terapêutica de Feridas, Ana Sofia Lopes Coelho, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Junho 2015
Utilização tradicional em Ayurveda– Para a medicina ayurvédica, é uma das principais plantas utilizadas para a revitalização das células cerebrais, dado que ajuda a manter uma boa função cognitiva e a circulação venosa; apoia a circulação periférica. De acordo com Frawley e Lad (2001), é a planta de eleição para potenciar a função mental, a clareza, a memória e a longevidade. Curiosidade: na Índia diz-se que os elefantes têm uma excelente memória graças ao facto de consumirem habitualmente as folhas frescas desta planta. Gotu kola é um tónico rejuvenescedor, que ajuda a acalmar o cérebro exausto e ‘sobreaquecido’ de Pitta – ao mesmo tempo, tem a capacidade de acalmar o sistema nervoso, o que é bastante útil para Vata e de ajudar a reduzir a estagnação provocada pelo excesso de Kapha. Sáttvica por natureza, Gotu Kola tem a capacidade de estimular as qualidades sáttvicas da mente e de purificar os nadis (canais nervosos subtis), sendo por isso uma planta de eleição para práticas espirituais como o yoga e a meditação (Vishnu Dass, 2013). Por esta razão é comumente chamada de alimento dos yogis, pois, desperta o chakra coronário e ajuda a manter o equilíbrio entre os dois hemisférios do cérebro, auxiliando a prática da meditação. É também conhecida como uma planta da longevidade, ou a “fonte da vida” – as lendas que passam de geração em geração contam que os antigos eruditos na Índia e na China a consumiam para viver mais de cem anos.
Rasa (sabor): amargo, adstringente, doce
Virya (energia): arrefece
Vipaka (efeito pós-digestivo): doce
Doshas: promove o equilíbrio de todos os doshas
Nota importante: A informação que levamos até si é elaborada com o maior cuidado e rigor. No entanto, com a mesma não se pretende diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença e a mesma não substitui a avaliação e diagnóstico efetuados por um Profissional de Saúde.
Produtos onde pode encontrar esta planta: