A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crónica da pele, não infecciosa, sendo a sua característica principal a comichão persistente na pele. Os medicamentos mais utilizados -esteroides, anti-histamínicos e imunossupressores têm uma variedade de efeitos adversos quando usados a longo prazo ou em doses elevadas. Com base em estudos anteriores sobre os efeitos farmacológicos dos ácidos boswélicos, a sua ação anti-inflamatória está bem estabelecida, pelo que poderão ter um enorme potencial no tratamento da dermatite atópica.
Em teoria, poderão existir duas hipóteses para o aparecimento da DA: a hipótese “de dentro para fora” e a hipótese “de fora para dentro”. A hipótese “de dentro para fora” é que os gatilhos alérgicos enfraquecem a barreira cutânea, o que facilita a entrada e manifestação de alérgenos. Neste caso, a inflamação é o resultado de uma barreira cutânea comprometida, levando a maior penetração de alérgenos e microorganismos que provocam respostas inflamatórias. A hipótese “de fora para dentro” é a de que será a barreira cutânea comprometida que precede a DA. Por exemplo, a regulação negativa da filagrina (FLG), que é necessária para a função de barreira da pele, pode tornar a pele mais suscetível à desregulação imunitária e levar à DA. Têm sido identificados em estudos recentes “defeitos” na barreira cutânea em pacientes com DA, que poderiam constituir a alteração primária na doença. Esses “defeitos” levariam à maior penetração de alérgenos, micro-organismos, particularmente Staphylococus aureus e substâncias irritantes, que, por sua vez, estimulariam a resposta imunitária na direção de um perfil Th2.
Os resultados de um estudo realizado com base num modelo animal de roedores, atestam que o ácido α-boswélico [princípio ativo da Boswellia serrata] alivia os efeitos de descamação, vermelhidão e hiperplasia da pele na pele com características de dermatite atópica, sendo clara a eficácia do ácido α-boswélico. Os testes fisiológicos revelaram que a perda de água transepidérmica reduziu significativamente. Demonstraram ainda que, qualquer que seja a deficiência da barreira cutânea que provoca a dermatite atópica, pode ser corrigida com ácido α-boswélico.
Em conclusão, o ácido α-boswélico pode efetivamente melhorar o eritema, abrasão e descamação, bem como como reparar a barreira disfuncional da pele, reduzir a inflamação, reduzir a infiltração de mastócitos, reduzir a expressão da MAP quinase e inibir a via do NF-κB na pele.
O Boswellia Dharma Botanicals® contém extrato padronizado de Boswellia serrata para 65% de ácidos boswélicos, assegurando consistência e qualidade na sua utilização clínica. Esta fórmula pode constituir uma opção terapêutica interessante no apoio à gestão da dermatite atópica, integrando-se numa abordagem natural e bem tolerada. A sua ação anti-inflamatória tem vindo a ser validada por diversos estudos clínicos, com especial relevância em patologias cutâneas inflamatórias. Convidamo-lo(a) a solicitar mais informação técnica sobre esta fórmula e a explorar o seu potencial na prática clínica. Estamos disponíveis para fornecer todo o apoio necessário.
Chieh Chou S. et al., Evaluation of the Anti-Atopic Dermatitis Effects of α-Boswellic Acid on Tnf-α/Ifn-γ-Stimulated HaCat Cells and DNCB-Induced BALB/c Mice, Int. J. Mol. Sci. 2022, 23, 9863.https:// doi.org/10.3390/ijms23179863