A Ashwagandha, planta conhecida pelas suas propriedades adaptogénicas, está a revelar-se uma aliada promissora no tratamento do cancro da mama. Estudos recentes demonstram que, para além de ser segura e bem tolerada em dosagens entre 200 mg/kg e 1000 mg/kg, a Ashwagandha pode atuar em duas vertentes importantes no contexto oncológico.
Primeiro, a Ashwagandha, pelas suas propriedades anti-inflamatórias, pode ser usada como terapia coadjuvante para reduzir os efeitos secundários da quimioterapia e radioterapia. Isso faz dela uma opção eficaz para mitigar os impactos negativos desses tratamentos intensivos, como inflamações e dores, contribuindo para um processo de recuperação mais confortável.
Em segundo lugar, estudos sugerem que a Ashwagandha pode potenciar a eficácia da quimioterapia e radioterapia. Este efeito de quimiossensibilização e radiossensibilização ajuda a melhorar a resposta ao tratamento convencional, otimizando a sua ação no combate às células cancerígenas.
Em relação ao cancro da mama, um estudo clínico com 100 pacientes mostrou que a suplementação com Ashwagandha reduziu significativamente a fadiga associada à quimioterapia e melhorou a qualidade de vida das pacientes, sem comprometer a eficácia do tratamento ou alterar os parâmetros bioquímicos. Estas descobertas destacam a segurança e os benefícios da Ashwagandha, sendo uma opção viável para integrar no tratamento de mulheres que enfrentam esta doença.
Conclusão: A Ashwagandha é uma planta poderosa no contexto oncológico, especialmente no tratamento do cancro da mama, ao proporcionar alívio dos efeitos colaterais da quimioterapia e aumentar a qualidade de vida, sem comprometer a eficácia dos tratamentos convencionais.
Fontes: Biswal et al, Effect of Withania somnifera (Ashwagandha) on the Development of
Chemotherapy-induced Fatigue and Quality of Life in Breast Cancer Patients, Integrative
Cancer Therapies 12(4) 312–322.