📷 Artem Podrez
Este estudo clínico avaliou os efeitos da suplementação com Withania somnifera L. Dunnal (Ashwagandha) sobre a função autonómica cardiovascular em pacientes com diabetes tipo 2 — uma população particularmente vulnerável a disfunções autonómicas que aumentam o risco de eventos cardiovasculares. Participaram 50 adultos com diabetes tipo 2, entre os 30 e os 60 anos, divididos em dois grupos. O grupo intervenção recebeu 250 mg do extrato de Ashwagandha, duas vezes por dia, durante 8 semanas, enquanto o grupo de controlo não recebeu qualquer suplemento.
Foram aplicados testes padronizados de avaliação do sistema nervoso autónomo, como a resposta da frequência cardíaca à respiração profunda, mudanças posturais, manobra de Valsalva e testes ortostáticos. Após 8 semanas, o grupo suplementado com Ashwagandha apresentou melhorias estatisticamente significativas na função autonómica, nomeadamente uma redução da frequência cardíaca de repouso e uma melhor regulação das respostas simpáticas e parassimpáticas. Estes resultados indicam que Ashwagandha contribui para uma maior estabilidade do sistema cardiovascular, melhorando a resposta do corpo a estímulos de stress e ajudando a restaurar o equilíbrio autonómico.
Os autores destacam o potencial de Ashwagandha como uma intervenção natural e segura para mitigar as complicações cardiovasculares em diabéticos tipo 2. O mecanismo de ação poderá estar relacionado com as propriedades adaptogénicas, antioxidantes e neuroprotetoras da planta, que ajudam a reduzir o stress oxidativo e a melhorar a sinalização autonómica. Este estudo reforça a importância da fitoterapia baseada em evidência clínica e sugere que Ashwagandha pode ser uma ferramenta complementar eficaz no acompanhamento cardiovascular de doentes com diabetes tipo 2.