Nomes comuns Bengal quince (Inglês), Bael (Hindi), Marmeleiro-da-índia (PT)
Sânscrito Bilva
Nome botânico Aegle marmelos (Rutaceae) (Sinónimos botânicos: Belou marmelos (L.) A. Lyons e Crateva marmelos L).
Partes utilizadas: Fruto (embora várias partes desta árvore tenham valor medicinal)
Etimologia O termo Aegle deriva de Aegle, o nome de uma ninfa das Hespérides: uma referência a Linnaeus (e, antes dele, Giovanni Battista Ferrari) que nomeou as frutas cítricas de Hespérides ou frutos das Hespérides. O epíteto específico marmelos vem do antigo galego (vindo do latim e do antigo gaulês-português) marmelo, por sua vez do latim melimelum, que é maçã doce, e novamente do grego antigo μελίμηλον (melímēlon), união de μέλι ( méli, “mel”) + μῆλον (mêlon, “maçã”).
Distribuição geográfica e Habitat É uma árvore nativa da Índia – os primeiros registos da colheita dos seus frutos datarão de 800 a.C.. A espécie atingiu os países vizinhos em tempos pré-históricos e recentemente outros locais distantes através de movimentos humanos, sendo cultivada no Sri Lanka, Tamil Nadu, Tailândia e Malásia. Cresce livremente em florestas secas, tanto em colinas como em planícies.
Utilização Todas as partes desta planta têm valor medicinal e, de entre os fitoquímicos presentes, destacam-se as furocumarinas, incluindo xantotoxol e o éster metílico de aloimperatorina, além de flavonoides, rutina e marmesina e alguns óleos essenciais. O fruto é a parte que se destaca graças às suas atividades farmacológicas, incluindo a ação antidiarreica, antioxidante, propriedades antidiabéticas, hepatoprotetoras, radioprotetoras, anticancerígenas e anti-úlcera.
Do ponto de vista nutricional, o fruto fresco de Bilva fornece 3 gr de fibra por cada 100 gr de fruto, o que pode ajudar a restabelecer a regularidade natural do intestino, tanto em casos de prisão de ventre quanto em casos de diarreia. A polpa do fruto fresco estimula a produção de sucos gástricos, facilitando a digestão.
Utilização tradicional em Ayurveda – Árvore considerada sagrada pelos hindus. A primeira evidência da importância religiosa desta árvore aparece em Shri Shuktam do Rig Veda, que a venera como residência da deusa Lakshmi, a divindade da riqueza e prosperidade, sendo considerada uma encarnação da deusa Parvati. É frequentemente encontrada perto de templos hindus e suas hortas.
As folhas, cascas, raízes, frutos e sementes são amplamente utilizados no sistema de medicina tradicional indiana Ayurveda em vários fitoterapêuticos populares para ajudar a tratar uma infinidade de patologias. Os frutos têm ampla utilização alimentar e são também utilizados, per se ou como parte de fórmulas de fitoterapêuticos populares, no tratamento de diarreia crónica, disenteria e úlceras pépticas, como laxante e na recuperação de doenças respiratórias.
Rasa(s): adstringente, amargo, picante.
Virya: quente.
Vipaka: picante.
Ação terapêutica: Tridosha.
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